As notas de quem volta sempre a casa | Crónica FCP
Depois da azia passar e conseguir analisar a frio o que se passou no jogo de apresentação, temos de tirar ilações importantes que merecem a nossa total atenção.
A festa estava bonita, boa e talvez com distrações a mais. Não fosse o plantel acabar por mostrar que realmente não tinha capacidade para jogar em dia de festa. Mas será que foi só isso?
Quando olhamos o onze do FC Porto nos olhos vemos lacunas evidentes. Especialmente no meio campo. Sérgio Oliveira não está em condições de jogar ao lado de Danilo. E porquê jogar só com os 2? Quando temos Luís Diaz, Corona e Baró no onze? Baró à frente dos dois médios não daria uma tática muito mais atrativa?
Vejo um vagabundo, ou uma tentativa de vangabundice em Corona. Mas ainda muito longe do seu habitat natural. O mexicano gosta das zonas costeiras e de se encostar na linha para depois entrar com toda a velocidade de execução e finta por dentro. Porém, como segundo avançado os movimentos ficam precários.
Depois Baró é gigante. Um miúdo que vai agarrar a titularidade e não podia ser de outra maneira. Mesmo em 4/4/2. Apesar de continuar a dizer que o jogo de “chuto na frente” ou trocas de bola na defesa não dá em nada.
Luís Diaz tem de crescer. É rápido, finta bem e sem dúvida vai nos dar muitas alegrias, mas precisa de ganhar maturidade e saber quando decidir.
Também percebemos que Manafá está atrás de Saravia e de Tomás Esteves que parte em primeiro lugar. O miúdo tem de jogar e não há dúvidas disso.
Outra ilação é que Pepe e Marcano não se podem esquecer que a idade não é tudo. Têm de ter menos paragens cerebrais, porque se não perdemos o jogo por erros dos mais experimentes como aconteceu…
Soares é neste momento o 3º. Zé Luís vem em primeiro e de seguida temos Fábio Silva. Se estes dois não forem titulares não sei onde anda o discernimento de Conceição.
Não gostei do que vi. O FC Porto joga mal e não há forma bonita de dizer isto. O 4/4/2 não me parece a tática solução. Mas quem sou eu? Vamos ver o que acontece, porque para já: uma bosta.